No dia 2 de outubro ocorrerá o fenômeno astronômico eclipse anular do Sol, quando a Lua se alinha entre a Terra e a estrela do sistema solar, e o seu diâmetro aparente fica menor do que o Sol. Com isso, a sombra da Lua não cobre totalmente o Sol, e cria um “anel de fogo” no céu.
O fenômeno será visível em uma estreita faixa que passa pelo oceano Pacífico, oceano Atlântico e no extremo sul da América do Sul, incluindo Chile e Argentina. No Brasil, o eclipse anular do Sol poderá ser visto na parte sul das regiões Sudeste e Centro-Oeste e em toda a Região Sul do país.
Segundo a astrônoma do Observatório Nacional (ON/MCTI), Josina Nascimento, quanto mais ao sul do Brasil, maior será a área eclipsada. O fenômeno é raro: quem perder o eclipse solar anular deste ano precisará esperar até 17 de fevereiro de 2027, quando um novo evento ocorrerá, sendo visível em partes do sul da África.
“A frequência com que os eclipses do Sol ocorrem é em média duas vezes por ano, podendo ser somente parciais, anulares ou totais. O último eclipse anular do Sol ocorreu em 14 de outubro de 2023 e foi visto em uma parte do Brasil”, explica Josina.
Eclipses da Lua e do Sol costumam ocorrer em sequência. Isso se deve à inclinação da órbita da Lua em relação à Terra. Este eclipse anular do Sol faz par com o eclipse parcial da Lua, ocorrido na noite de 17 para 18 de setembro.
Como ver o eclipse?
Para observar o eclipse anular do Sol é importante estar em um local com vista desimpedida para o oeste, já que o evento ocorrerá próximo ao pôr do sol. No Rio de Janeiro, por exemplo, o eclipse parcial começará às 17h01, atingirá seu máximo às 17h42, e o Sol se porá às 17h52.
Josina Nascimento alerta para os cuidados necessários para observar o fenômeno.
“Em hipótese alguma olhe diretamente para o Sol sem proteção adequada. Óculos escuros, chapas de raio-X ou outros filtros caseiros não protegem contra os danos. É essencial utilizar filtros certificados, como os óculos especiais para observação solar ou vidros de soldador 14.”
Veja abaixo os estados brasileiros onde o eclipse será visível (como parcial):
Bahia:
Início parcial: 17h19 | Fim parcial: 19h39
Espírito Santo:
Início parcial: 17h07 | Fim parcial: 17h45
Goiás:
Início parcial: 17h08 | Fim parcial: 18h10
Mato Grosso:
Início parcial: 16h07 | Fim parcial: 18h
Mato Grosso do Sul:
Início parcial: 15h46 | Fim parcial: 17h26
Minas Gerais
Início parcial: 16h59 | Fim parcial: 18h15
Paraná:
Início parcial: 16h43 | Fim parcial: 18h32
Rio Grande do Sul:
Início parcial: 16h30 | Fim parcial: 18h41
Rio de Janeiro:
Início parcial: 16h59 | Fim parcial: 17h59
Santa Catarina:
Início parcial: 16h41 | Fim parcial: 18h34
São Paulo:
Início parcial: 16h51 | Fim parcial: 18h23
O Observatório Nacional ainda fará uma transmissão ao vivo do eclipse anular para que todos possam acompanhar o fenômeno com segurança, em seu canal no YouTube.
A transmissão será feita em parceria com astrônomos do Projeto “Céu em sua Casa: observação remota” e com o Time And Date, organização internacional que fornece serviços relacionados ao tempo, clima, fenômenos astronômicos e fusos horários.