Outubro deve ser marcado por chuvas acima da média em algumas áreas do Brasil, conforme previsão divulgada nessa segunda-feira (30/9) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Em grande parte da região Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo, sul do Rio de Janeiro e Minas Gerais, a expectativa é de que o índice de precipitação exceda a média do período. Na parte central do país, a chuva deve retornar gradualmente, a partir da segunda quinzena do mês.
As previsões indicam, também, um aumento das chuvas no sudoeste do Amazonas e do Pará, locais atingidos pela seca prolongada e cujos rios reduziram bastante o nível da água nos últimos meses.
Em lugares como Nordeste, norte de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e algumas partes do Pará, as chuvas devem ficar abaixo da média meteorológica.
Veja mapa da previsão do Inmet:
Chuvas em outubro, segundo o Inmet
Centro-norte com pouca chuva
O Inmet avalia que o centro-norte do Brasil deve continuar com pouca chuva, especialmente na região conhecida como Matopiba, na divisa entre os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Essa condição, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), deve favorecer a finalização da colheita do algodão e do feijão da terceira safra no norte do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
No Sul, onde as chuvas devem ser acima da média, o início do plantio e desenvolvimento da safra 2024/2025 deve ser beneficiado, de acordo com o órgão.
Nova onda de calor
O calor, no entanto, deve continuar acentuado em alguns locais do país, com temperaturas acima da média. O Inmet avalia que, em Mato Grosso, oeste da Bahia, Piauí e Maranhão, os termômetros devem ultrapassar 28ºC, com chance alta de dias de calor intenso.
Depois de um setembro marcado por duas ondas de calor, outubro também terá uma nova onda. A notícia boa fica com algumas áreas do leste de Pernambuco, Rio Grande do Norte, sudeste do Amazonas, Paraná, centro de Santa Catarina e sudoeste de São Paulo, onde as temperaturas devem ficar próximas à media.
Nas áreas de maior altitude do Sul e Sudeste, a expectativa é de que os termômetros fiquem abaixo de 17ºC.
La Niña
O mês deve ser marcado, ainda, pela chegada do La Niña. Durante o fenômeno climático, a temperatura do Oceano Pacífico, na região tropical, costuma ficar abaixo da média. O resfriamento provoca vários efeitos, como chuvas mais intensas na Ásia e condições mais secas na América do Sul.
No Brasil, a expectativa é de que o La Niña influencie diretamente o cultivo de soja, café e açúcar. As previsões indicam que o fenômeno deve atingir o país mais no verão de 2025, com enfraquecimento a partir de fevereiro.
A estimativa é de que o La Niña evolua para condições neutras no país no decorrer do primeiro semestre do próximo ano.