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    DO NOVO MAIS VELHO QUE O DESBOTADO

    No atual cenário político, o fato relevante é a posição do NOVO, quanto às reformas necessárias!

    Estamos todos de parabéns, como brasileiros! O sujeito político João Amoêdo, como homem do partido, é o presidente do NOVO e tem seu lugar no debate político. No que concorda com as reformas, será sempre bem vindo! Todavia, o indivíduo João Amoêdo, à quem me refiro como Dom Amoêdo de Orange, é quem me inspira restrições.

    Se juntarmos o indivíduo Amoêdo, o sujeito político Amoêdo, o partido NOVO e suas práticas, resultam evidências compatíveis ao que podemos identificar como “culto ao personalismo”. Nesse caso, Bolsonaro demonstra ser bem mais “liberal”: não controla o partido e se mostra desvinculado do poder. Dessa feita, o que me parece, smj, é que a postura do indivíduo Amoêdo e do partido com excelentes quadros como o NOVO está muitíssimo longe de um liberalismo, e muito próximo de um fascismo. Esse é meu parecer.

    Digo isso, não para acusações ou comparações levianas. Mas para alertar da necessidade de distinguir, claramente, os atores e os fatos, de forma que as variáveis pertinentes sejam quantificadas e qualificadas devidamente, segundo o momento e o “espaço”. Tempo e espaço são dimensões da estratégia. Somente a perfeita racionalidade levará ao enunciado claro e distinto do problema e à sua solução.

    Segundo a filosofia política, a interface política, que ocupa o “espaço” entre a sociedade e o Estado, deve estabelecer o consenso, em primeira ordem, ou o compromisso, em segunda ordem. Isso porque o “campo” (Bourdieu) da ética política deveria levar, em primeira ordem, à concordância de princípios e valores. Estou tratando da “alta” política.

    O NOVO é irredutível quanto à “liberdade” do partido, adotando o compromisso pontual, como se isso fosse possível, posto tratar-se de uma das interfaces partidárias, estando vinculado ao Estado e à sociedade! Compromisso pontual é elemento de segunda ordem. Significaria que princípios e valores não são coincidentes, ainda que algumas ideias, que levam a fatos e atos específicos, possam ser. Princípios e valores povoam o universo das abstrações.

    A questão seria: em quais princípios e valores o NOVO se diferencia, de forma a justificar sua “independência” numa prática cuja ordem primeira seria o consenso? Evidente que não há nada de mais seguir a insensatez! A História está repleta de exemplos! Apenas “dá ruim” quando os “liberais” do NOVO choram quando não são apoiados, apesar de não apoiarem absolutamente ninguém além do que estabelecem como sua “independência” partidária doutrinária (?!?!?!?)!

    Essa prática, para eles, configuraria outra estratégia, que empregam como complementar à implementação da estratégia principal: a “independência”! Não percebem que se trata, na verdade, apenas de uma consequência! O resultado alcançado pela adoção da estratégia de “independência” é tão somente: sentar, chorar e nada fazer!

    O jogo político não perdoa o vácuo de poder, a estagnação e muito menos o choro! Gonçalves Dias que o diga, com sua “Canção do Tamoio”: “Não chores que a vida é luta renhida: viver é lutar”! Principalmente no que diz respeito às estratégias e à evolução dos cenários, no tabuleiro estratégico do jogo político!

    Neste aspecto, a questão fundamental ficaria por conta do cenário de chegada do NOVO ao poder! Poderia um partido chegar e se manter no poder, seguindo uma estratégia de “independência”, alcançando, minimamente, o compromisso político pontual? No Brasil real, não! E em nenhum lugar do mundo! Seja realista, idealista ou pragmático! Então: isso custaria o quê?

    Basta lembrar que o PT: (i) era independe (ainda que contra tudo que fosse Brasil); (ii) cultuou a imagem falsa de um “filho do Brasil”; e (iii) se intitulava a personificação da ética e da moral, numa sociedade majoritariamente conservadora como a nossa. Apesar do NOVO se dizer “liberal” e aplicar internamente o absolutismo, há muita semelhança com o discurso, a doutrina, a estratégia e as práticas da PTralha.

    Se olharmos a História, veremos que a estratégia já adotada pelo NOVO, em dado momento do tabuleiro estratégico, guarda muita semelhança com a estratégia adotada por partidos totalitários! E, dentro da categoria “totalitário”, não existe a disfunção “esquerda/direita”. É tudo uma coisa só! O Stalinismo já existia, quando Hitler atingiu o mesmo objetivo, por caminho diverso.

    No tabuleiro estratégico, modelos de prospectiva definem o jogo em até seis cenários. A doutrina de “independência” (?!?!?) do NOVO sinaliza que o 6º cenário, após o NOVO ocupar o poder, será de: (i) totalitarismo; (ii) sentar, chorar e nada fazer; ou (iii) pagar muito caro!

    É o que apavora os que olham de fora, de forma livre e independente!

    Autor: Fernando Amaro

    Takamoto
    Takamoto
    Fotojornalista, artista marcial, ex-militar, perito criminal.

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