Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pediu maior integração entre estados e União para combater a atuação de organizações criminosas. No encontro, feito nesta quinta-feira (31/10), foram discutidas propostas para aprimorar a segurança pública.
Tarcísio ressaltou a necessidade de integrar sistemas para fazer frente, por exemplo, à lavagem de dinheiro, e citou o exemplo da infiltração do crime organizado em postos de gasolina. “Se não houver um trabalho conjunto, a gente não vai chegar a lugar algum”, afirmou o governador no encontro com o presidente.
“Se houvesse uma coordenação maior daquilo que o COAF [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] produz com aquilo que os GAECOs [Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado] fazem nos estados, com as polícias, a gente poderia agir com mais oportunidade”, destacou Tarcísio.
O governador também sugeriu a criação de uma linha de financiado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para os estados adquirirem equipamentos voltados sofisticados voltados a combater o crime organizado.
Tarcísio ainda fez críticas e apontou a necessidade de mudanças nas regras sobre audiência de custódia. “A gente precisa coibir a liberação de criminosos em audiência de custódia quando eles são reincidentes”, defendeu. Ele citou o exemplo de um crime recorrente que aterroriza moradores de São Paulo, o roubo de celular. “A gente chega a prender um ladrão de celular 35 vezes. E ele vai para a rua”, criticou.
Além disso, Tarcísio propôs que, além da PEC da segurança pública, apresentada pelo governo Lula, seja enviado um pacote de medidas sobre o tema para o Congresso Nacional.