O cantor sertanejo Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele é investigado por suspeita de fazer parte de um esquema de empresas de jogos de apostas. A investigação é a mesma que prendeu preventivamente a influenciadora Deolane Bezerra.
Entre os pontos da investigação que levaram ao indiciamento do cantor estão dinheiro vivo encontrado na sede de uma das empresas do sertanejo, além de notas fiscais fracionadas.
O indiciamento contra Gusttavo Lima aconteceu em 15 de setembro e até chegou a ser mencionado em decisão da juíza Andréa Calado pela prisão do cantor. No entanto, a confirmação e detalhamento dos crimes foram dados pelo Fantástico na edição deste domingo (29/9). A reportagem teve acesso aos detalhes da investigação, que correm em sigilo.
O caso segue para o Ministério Público de Pernambuco, que vai avaliar se denuncia ou não o cantor. A defesa de Gusttavo Lima nega as acusações.
Dinheiro vivo
Na sede da Balada Eventos e Produções, principal empresa de Gusttavo Lima, que fica em Goiânia (GO), a polícia encontrou um cofre com R$ 150 mil em dinheiro vivo (notas de dólares, euros e reais).
A polícia considera isso como um indício de lavagem de dinheiro. No entanto, a defesa de Gusttavo Lima diz que o dinheiro no cofre era para pagamento de fornecedores.
Notas sequenciais
A polícia encontrou ainda 18 notas fiscais sequenciais, emitidas no mesmo dia e em valores fracionados por outra empresa do cantor, a GSA Empreendimentos.
As notas reuniam mais de R$ 8 milhões pelo uso de imagem e voz do cantor e eram emitidas para a PIX365 Soluções (Vai de Bet, de acordo com a polícia), também investigada no esquema. A polícia avalia que esse seria outro indício de lavagem de dinheiro.
A defesa do cantor alega que os valores foram declarados e os impostos, pagos. Já a defesa de José André da Rocha Neto (o responsável pela PIX365) diz que as notas sequenciais emitidas à empresa de Gusttavo Lima são pela prestação de serviço do cantor à Vai de Bet.