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    ONG pra quê?

    ONG pra quê? Se com 16 mil ONG’s na Amazônia, ela continua queimando? Se a população sofre com a pobreza sem receber nenhuma atenção dessas ONG’s? Qual seu verdadeiro interesse?

    ONG pra quê? No centro dessa discussão estão as ONG’s que atuam na região. Supostamente sem fins lucrativos, financiadas por gente muito rica, elas estão presentes há muitos anos e mesmo assim não impediram que a floresta queimasse ao longo do tempo. Talvez porque o real interesse não seja exatamente a floresta, mas o minério do território. O próprio presidente já disse isso.

    Quando as críticas eram direcionadas ao governo petista, a mídia tratava como um problema de administração e noticiava de forma isenta (veja matéria da BBC), o que não acontece nos dias de hoje, em que toda matéria traz uma crítica explícita à condução do governo. O viés ideológico trava o debate e produz apenas histeria.

    A questão amazônica é complexa. As queimadas ocorrem em determinadas épocas e pelos mais diversos motivos, incluindo aí, os criminosos (funcionários de ONG e etc.). Segundo o INPE, o período de maiores queimadas na amazônia foi no governo Lula.

    ONG pra quê

    ONG pra quê?

    Ministro Ricardo Salles

    Durante a Audiência Pública promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Fundo Clima, na última segunda-feira (21), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, reforçou a necessidade de desenvolver a região amazônica.

    “A Amazônia é a região mais rica do Brasil, com a população mais pobre do Brasil e com o pior IDH do nosso país”, relatou.

    Ele destacou a ineficiência dos titulares anteriores, que receberam ao longo das últimas décadas muitos prêmios, mas a população da região continuou sendo a mais pobre e com o pior IDH. “Portanto, isso não significou uma melhoria de qualidade de vida das pessoas”, frisou.

    “Lembrando sempre que a Amazônia é a região mais rica do Brasil em termos de recursos naturais, não só minerais, mas também florestais, de biodiversidade e água-doce”, disse Salles.

    Na visão do ministro, ao longo dos últimos anos ocorreu a ‘política do avestruz’ na região, “que é enfiar a cabeça num buraco e fazer de conta que os problemas não existem, que o Brasil já não tinha diversas centenas de garimpos ilegais em terras indígenas antes do presidente Bolsonaro assumir, que o Brasil já não tinha desmatamento ilegal, que o Brasil já não tinha roubo de madeira e que as pessoas já não viviam na região mais miserável do Brasil, com pior IDH, em qualquer aspecto, saneamento, educação, moradia, etc”, definiu.

    ONG pra quê? Ambientalistas e ativistas dizem defender a preservação do local, mas esquecem das mais de 20 milhões de pessoas que lá vivem. Durante audiência, Ricardo Salles ainda lembrou a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que “a miséria é o pior inimigo do meio ambiente”. A fala foi proferida por Guedes no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. “Basta verificar que os países ricos não têm problemas ambientais significativos, e eles estão não só em países mais pobres, mas em regiões mais pobres de países mais pobres.” completou Salles.

    “O que se verifica, quando se vê o fato, é que aquela narrativa do desmonte, do retrocesso, da não preservação, do não cuidado, não se sustenta, o que pode haver são visões diferentes de como fazê-lo”, defendeu.

    “Nós entendemos que é agregar setor privado, fomentar mercado, gerar mecanismo de mercado, seja na parte de clima, seja crédito de carbono ou florestas, [esses] são instrumentos necessários para tirarmos o Brasil, principalmente a Amazônia, dessa situação de pobreza e de IDH baixo na região mais rica do país”, completou.

    Ricardo Salles ainda finalizou reforçando qual a visão de sua gestão: “Monetizar a floresta, que é algo importantíssimo, mantendo aquela lógica de a floresta em pé tem que valer mais do que a floresta devastada. Mas, este tem que valer, tem que chegar aos 23 milhões de brasileiros que estão na Amazônia, senão para eles isso é um discurso meramente virtual e que os confronta diariamente coma as suas necessidades pessoais”.

    Fundo Amazônia

    Outro tema abordado pelo ministro durante a audiência no STF foi a narrativa de que o governo teria paralisado o Fundo Amazônia.

    Ricardo Salles apresentou uma carta da Embaixada da Noruega, demonstrando que foi o próprio país que requereu que não mais houvesse desembolso do fundo.

    O titular da pasta do Meio Ambiente lembrou que o Fundo Amazônia utilizou nos seus 10 anos cerca de 1 bilhão e meio de reais. Desse valor, segundo ele, quase metade foram para entidades sem fins lucrativos e a outra parte para governos, não havendo nenhum desembolso para o setor privado, seja para o fornecimento de serviços, ou apoiamento a projetos; o que para o ministro denota uma visão avessa à participação do setor privado nessas ações, que cobrará um preço elevado em termos de não desenvolvimento da bioeconomia.

    “Porque, quem pode desenvolver a bioeconomia investindo, criando emprego, é o setor privado. Não querer o setor privado na Amazônia acaba trazendo essa consequência de não haver oportunidade de renda para as pessoas, que assim, por sua vez, passam a ser mais suscetíveis de serem cooptadas por atividades ilegais, dentre elas, a mineração ilegal, roubo de madeira, grilagem de terra, etc”, lembrou.

    Ao final da fala de Salles, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concordou com a visão apresentada. “Em última análise, todas as políticas públicas visam mesmo é tornar a vida das pessoas melhor, se não puder produzir esse impacto evidentemente é uma política pública que não esta funcionando bem”, disse.

    Takamoto
    Takamoto
    Fotojornalista, artista marcial, ex-militar, perito criminal.

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