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População de Brasília desconhece, segundo pesquisa, os efeitos da ausência da vacina na população idosa

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De acordo com um estudo recente realizado pela empresa global de saúde, Sanofi, apenas 32% dos brasilienses sabem que o vírus da gripe pode aumentar o risco de hospitalização e morte entre os idosos. O estudo que levou a esse resultado foi realizado pela empresa com parceria da ALS Perception, com o objetivo de compreender o conhecimento da população brasileira a respeito dos impactos além da gripe nos idosos. A pesquisa foi realizada em fevereiro de 2024 com pessoas com 40 anos ou mais, das cinco regiões do país, das classes A, B, C, D/E, representando a população brasileira.

Segundo os dados obtidos, no Distrito Federal, especificamente, apenas 27% têm conhecimento de que o vírus da gripe pode aumentar o risco de complicações cardiovasculares como infarto e AVC. Segunda a Sanofi, o vírus é capaz ainda de agravar doenças pré-existentes como diabetes e doenças do coração e causar um alto impacto em órgãos vitais como coração, pulmão e cérebro, principalmente em idosos, conhecimento que apenas 27% a 30% da população estaria a par. A cobertura vacinal entre idosos no DF, segundo a Secretaria da Saúde, coincidentemente, se encontra próxima dessa porcentagem, 26,5%.

De acordo com a Maisa Kairalla, Médica geriatra e Membro da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a vacina contra a influenza, disponível através da rede pública e em hospitais particulares, é de suma importância para a manutenção da saúde da pessoa idosa, por fatores fisiológicos. “A população acima de 60 anos apresenta um enfraquecimento natural do sistema imune, fenômeno chamado de imunossenescência. No entanto, o que podemos observar é que existe um desconhecimento geral da população sobre os perigos além da gripe, que podem ser fatais para a população idosa, portanto, é essencial disseminarmos informações de qualidade sobre estes impactos na saúde e a importância da vacinação, primordialmente entre os grupos mais vulneráveis, como os idosos”, afirma.

Ainda segundo a pesquisa, 27% dos brasilienses entrevistados veem nenhum ou baixo risco associado à escolha de não se vacinar contra a gripe, número, em si, maior que a média nacional de 23%. Esse número se torna mais preocupante ao considerar que 30% da população é responsável pela vacinação de outras pessoas, como cônjuges, filhos ou netos, e um quarto é o único responsável por garantir a vacinação de pessoas com mais de 60 anos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em uma visão nacional, os idosos representaram 65,6% dos óbitos por influenza no ano de 2023 e 54,9% das hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Quando consideradas as pessoas com alguma comorbidade, e portanto mais complicações frente a uma SRAG, a letalidade dobra em relação aos idosos sem comorbidades.

Juarez Cunha, médico pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), ressalta a necessidade de aumentar a cobertura vacinal. “Com a aproximação de mais uma temporada de gripe e já com muitos casos sendo notificados, é necessário mudar esse cenário de queda da cobertura vacinal, garantindo que a população, em especial os grupos prioritários, estejam protegidos contra o vírus Influenza. Os idosos e seus familiares ou cuidadores devem conhecer o calendário vacinal recomendado para essa faixa etária, tanto pelo Ministério da Saúde como pela Sociedade Brasileira de Imunizações para se protegerem da melhor maneira possível”, afirma.

 A meta buscada pelo Secretaria de Saúde é de que, até o dia 31/05, 90% do público alvo esteja vacinado contra o vírus da influenza. A totalidade do público alvo é formada por profissionais ou perfis de pessoas muito expostas a áreas de alta circulação e pessoas que, por sua fisiologia, estão mais propensas às consequências graves do vírus. Segundo o último boletim de cobertura vacinal contra a influenza no DF, para crianças de 6 meses a menores de 2 anos o DF possui cobertura vacinal de 25,1%, para crianças de 2 anos a menores de 6 anos, cobertura vacinal de 9,7% e para idosos (acima de 60 anos), cobertura vacinal de 26,5%. A proporção de vacinados da campanha no DF está em 17,8%.

De acordo com a Secretaria da Saúde, público que tem direito a se vacinar contra a influenza através do sistema público de saúde são os idosos (com 60 anos ou mais), trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a 5 anos e 11 meses e 29 dias, gestantes, puérperas (mulheres em pós parto de até 45 dias), povos indígenas, pessoas em situação de rua, professor de ensino básico e superior, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário (urbano e de longo curso, trabalhador portuário, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos), e profissionais das forças armadas. Atualmente está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina trivalente, que fornece proteção contra três tipos diferentes de cepas do vírus.

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