Após os primeiros protestos contra Israel pela sua ofensiva na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas, nos quais manifestantes entoaram mensagens antissemitas e que resultaram na prisão de dezenas de pessoas nas universidades de Columbia, em Nova York, e Yale, no estado de Connecticut, mais tumultos estão sendo registrados em outras instituições de ensino superior dos Estados Unidos.
Segundo informações da agência Associated Press (AP), na
Universidade de Nova York (NYU, na sigla em inglês), 133 manifestantes foram presos
na noite de segunda-feira (22) e foram liberados com intimação para comparecer perante
a Justiça devido a acusações de conduta desordeira.
Na Universidade Politécnica Estadual da Califórnia, as aulas
presenciais foram suspensas até quarta-feira (24) porque manifestantes ocuparam
um prédio da instituição na noite de segunda-feira.
Também ocorreram problemas na Universidade de Michigan, onde
estudantes contrários a Israel montaram mais de 30 tendas na parte central do
campus de Ann Arbor, e na Universidade de Minnesota, onde nove manifestantes foram
presos na manhã desta terça-feira (23) após a polícia desmantelar um
acampamento montado em frente à biblioteca da instituição.
Os protestos se tornaram tema da campanha para a eleição presidencial americana. Nesta manhã, quando entrava no tribunal para mais um dia do seu julgamento criminal em Nova York, o republicano Donald Trump afirmou que as manifestações “são uma desgraça para o nosso país e é tudo culpa do Biden”.
O atual presidente americano, o democrata Joe Biden,
criticou atos antissemitas nas universidades, mas disse que também condena “aqueles
que não entendem o que está acontecendo com os [civis] palestinos” na Faixa de
Gaza.
Tumultos também estão sendo registrados em protestos de
estudantes universitários em outros países.
Nesta terça-feira, estudantes entraram em confronto com policiais na Itália numa marcha para exigir que a Universidade de Turim corte relações acadêmicas com Israel. Segundo a agência EFE, um dos lemas entoados pelos alunos foi “sionistas fora da universidade”. Ao menos dois manifestantes e quatro policiais ficaram feridos.
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