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PT pede investigação contra Zambelli por fala sobre Benedita da Silva

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O líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (MG), encaminhou uma representação ao corregedor da Casa Legislativa, Domingos Neto (PSD-CE), contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) por declarações dela a respeito da parlamentar Benedita da Silva (PT-RJ).

Odair Cunha pede a instauração de um procedimento de investigação criminal para apurar a declaração da deputada do PL.

Carla Zambelli chamou Benedita da Silva de “Chica da Silva” durante transmissão ao vivo nas redes sociais. Na ocasião, a deputada do PL reclamava da Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, que ocorreu em Maceió.

“Eu não vou ter poder de fala, né? Eu não vou falar porque provavelmente… não sei por que que não vou falar. Parece que já foi montada pela Secretaria da Mulher, que é a Chica da Silva”, disse Zambelli.

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A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) já foi governador do Rio de Janeiro entre abril de 2002 e 1º de janeiro de 2003 e ministra da Assistência e Promoção Social no primeiro governo Lula. Ela deixou o governo em janeiro de 2004, devido à revelação de que usou recursos públicos para ir e levar assessoras para eventos religiosos no exterior.

Lula Marques/Agência PT

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Lula e a deputada federal Benedita da Silva (PT)

Ricardo Stuckert

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A deputada federal Carla Zambelli

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Deputado Odair Cunha

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Chiva da Silva foi uma mulher escravizada no Brasil Colônia. Ela era filha de um homem branco com uma mulher negra. Chica da Silva chegou a ser tema de uma novela na Rede Globo e foi interpretada por Taís Araújo.

“Claramente se vislumbra que a comparação com a personagem é usada pela deputada agressora no contexto de sua fala de forma pejorativa, para desqualificar sua identidade racial e, especialmente, sua história política de luta pelos direitos das mulheres”, enfatizou Odair Cunha.

Para o líder do PT, a fala de Zambelli é vista como racista. “Atitudes como esta, demonstrativas de racismo e agressividade, não podem ficar impunes e contaminar o bom ambiente de diálogo e transparência construído ao longo de décadas pelas mulheres parlamentares da Câmara dos Deputados.”

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