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    Quando o silêncio de uma sociedade é fruto do medo, ela tende a perecer.

    Quando o silêncio de uma sociedade é fruto do medo, ela tende a perecer. 942 pessoas seguem encarceradas injustamente em Brasília e provavelmente menos de 1% dos encarcerados de Brasília, são merecedores do sofrimento imposto pelo inquisidor mór  A.M

    Até o mais vil dos indivíduos que seja capaz de abstração mínima diante da realidade e dos fatos, sabe que das 942 pessoas ainda presas ilegalmente em Brasília por suposto “flagrante de vandalismo” nas dependências de prédios público no dia 8 de janeiro de 2023, não representam riscos para a sociedade, foram vítimas de uma armação e estão sofrendo por culpa do desejo de vingança de um grupo liderado pelo Ministro Alexandre de Moraes da Suprema Corte brasileira.

    Se muito, 1% provavelmente está ali por merecimento e pelo planejamento dos atos de vandalismo que ninguém aprova, portanto, merecedores de punição. Abro um parêntese de início para falar do comportamento abjeto da imprensa brasileira diante da barbárie em curso no presídio da Papuda em Brasília.

    Não existe exceção, todos os veículos de comunicação e 99% dos jornalistas embarcaram no discurso arquitetado pelos autores do verdadeiro golpe, e se dirigirem às vítimas, como “golpistas”, sorrateiramente. O samba de uma nota só revela um alinhamento jamais visto no jornalismo brasileiro e uma cumplicidade que provoca vômito em quem consegue enxergar além das aparências e das narrativas compradas.

    Não é novidade que as redações foram ocupadas pela militância esquerdista há três décadas, mas jamais imaginávamos que a sordidez dos jornalistas fosse alcançar patamares parecidos com os da propaganda nazista liderada por Joseph Goebells durante a intentona de Hitler contra a Europa e os Judeus na década de 30 e 40 do século passado. Vale lembrar que o aparelhamento não começou hoje, mas alcançou níveis inacreditáveis e inaceitáveis.

    Os relatos de maus tratos em Brasília se multiplicam pelas redes sociais em depoimentos comoventes, verdadeiros e dignos de pena. Mesmo assim a imprensa segue surda, muda e cega. Pelas redes, familiares reclamam de desaparecimentos e tratamento degradante a seus entes. Mas nada disso é considerado pelo jornalismo militante.

    Esta semana a imprensa se prestou a mais um ato de desatino ao amplificar e produzir cortina de fumaça para desviar a atenção da opinião pública, desta vez usando o sofrido povo Yanomami para sua empreitada. Foi revelada, criminosamente, como sendo brasileiros os índios venezuelanos que atravessaram a fronteira fugindo do desespero imposto por Nicoláz Maduro ao povo daquele país, a maioria em estado de desnutrição.

    Mas a imprensa deturpou tudo e tentou imputar, covardemente de forma leviana e rasteira ao governo anterior o estado de calamidade dos Yanomamis, que vivem precariamente há séculos.

    Mas isso é assunto para outra oportunidade, hoje o foco é a prisão ilegal e sem o devido processo, de gente mantida em cativeiro por maldade de um grupo de magistrados alinhados com um ditador cruel e sem escrúpulos que ocupa uma cadeira na suprema corte do Brasil. O corretivo, no entanto deverá ter consequências catastróficas na vida destas pessoas, pois só quem conhece por dentro o dia a dia de uma prisão pode dimensionar o que elas estão sofrendo.

    Gente que nunca se envolveu em qualquer tipo de delito. Por melhor que seja a estrutura de um sistema prisional, o que não é o caso do presídio da Papuda, ele provoca estragos incorrigíveis na vida de quem é preso, sobretudo no campo emocional. Se a vítima é inocente, como 99% dos que se encontram alí, o estrago é ainda maior. Para a maioria deles, está sendo negado o contato com a família e até com os advogados proibidos de adentrar ao presídio. Isso sim é perseguição, tirania e crime contra a humanidade, na mesma categoria de terrorismo.

    E isso que assistimos em Brasília á 21 dias, não é problema de organizações de direitos humanos internacionais, ele é nosso. Cada vez que fazemos vista grossa, desdenhamos ou tratamos injustamente o que é nítido, estamos errando feio como sociedade. O assunto é muito grave e tem consequências no campo espiritual.

    Enquanto aquelas pessoas estiverem presas, o país interior estará sofrendo as consequências no campo energético. Não existe justiça em que o juiz é o carrasco. E não é o Alexandre de Moraes apenas, é todo o grupo de magistrados e agentes públicos, incluindo policiais, carcereiros diretores de presídios, tribunais, associações, Ministério Público, empresários, OAB ou qualquer entidade da sociedade civil que se omite diante dos acontecimentos.

    Todos nós pagaremos pela injustiça produzida no atacado, como nunca antes na história deste país. Devo lembrar que a sociedade é responsável, quando se deixa influenciar por uma imprensa corrupta, que age criminosamente por meio de narrativas e arranjos para justificar o injustificável. Não se tem registro de um pré-julgamento coletivo feito a toque de caixa em 18 dias como o que avaliou as audiências de custódia para 1.402 presos, mantendo 942 no cárcere sem direito a defesa, e 460 libertos com restrições. Que justiça é essa que o mesmo agente, ou grupo liderado por ele, é delegado, promotor e juiz?

    Fato é que além dos 942 presos em Brasília, jornalistas seguem sendo perseguidos e exilados, parlamentares com tornozeleira eletrônica e sob ameaça de não tomar posse embora eleitos com milhões de votos, a maioria por pratica de crime de opinião que não existe, se não na cabeça do tirano mór. Em silêncio assistimos ao cancelamento de passaportes dos jornalistas Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Alan dos Santos e dezenas de outros pertencentes a empresários, humoristas, youtubers etc.

    Hitler fez a mesma coisa contra quem o confrontava, em nome da democracia. Não custa lembrar que nem assassinos confessos, traficantes perigosos e estupradores pegos em flagrante tem o direito de defesa negado, seus processos escondidos da sociedade e dos seus advogados. O que assistimos é mais ou menos como se a família da vítima fosse cuidar do julgamento e da pena do assassino cruel do seu ente. Eu nunca vi isso nem na idade média.

    Toda sociedade que aceita em silêncio o julgo de um tirano, que no lugar de justiça age como um vingador inquisidor, perece. Lavar as mãos e achar que não tem nada a ver com isso além de ser algo abominável, gera consequências imprevisíveis. A omissão também é passível de pena, na justiça dos homens, e principalmente na Divina, que nada despreza.

    Ninguém pode ser preso sem o devido processo legal, sem o flagrante delito, e a maioria das pessoas que estão na Papuda, sofrendo inocentemente pelo desejo de um tirano desequilibrado e covarde, nem pisou no gramado do Congresso, tampouco estava lá, e isso precisa ser dito aos quatro cantos do mundo. Replique se você concorda com este texto!

    por: José Aparecido Ribeiro – jornalista

    Takamoto
    Takamoto
    Fotojornalista, artista marcial, ex-militar, perito criminal.

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