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    Cuba recebe medicamentos e insumos médicos da Rússia

    Afundada em uma grave crise no setor de saúde, Cuba recebeu no último dia 18
    um carregamento de medicamentos e equipamentos médicos da Rússia.

    A doação do regime de Vladimir Putin veio recheada de insumos médicos para serem usados no tratamento de doenças não transmissíveis, na área de traumatologia e no setor de emergências. Além disso, o pacote também veio acompanhado de uma quantidade significativa de medicamentos e outros materiais médicos que neste momento são essenciais para o país que enfrenta uma escassez severa desses recursos.

    A entrega da ajuda contou com a presença de representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), autoridades cubanas e do embaixador russo na ilha, Víctor Koronelli, que aproveitou o momento para fazer uma forte propaganda do país de Putin.

    Durante a entrega, Koronelli culpou os EUA pela escassez no setor da saúde cubana,
    mencionando o embargo que os americanos aplicaram contra a ilha devido aos
    abusos de direitos humanos que ocorrem sob os olhos do regime comunista

    Koronelli também citou na ocasião as sanções dos EUA contra Moscou, impostas
    após a invasão de Putin na Ucrânia, e reafirmou o apoio da Rússia a Cuba, que,
    segundo ele, é baseado em laços de “verdadeira amizade”.

    A narrativa dos embargos dos EUA serem a causa da escassez na saúde cubana
    não é verdadeira, segundo informações do portal de notícias independente cubano
    Cubanet. Segundo o portal, durante 2023, a Casa Branca autorizou a exportação
    de mais de US$ 8 bilhões em vendas ou doações médicas para Cuba.

    A crise na saúde da ilha envolve diretamente a repressão, a falta de
    investimentos e as reformas fracassadas desenvolvidas pelo próprio regime
    cubano, que é acusado de violar diariamente os direitos humanos.

    As condições precárias de trabalho nos hospitais também contribuíram para este cenário preocupante. Por causa da precariedade, diversos médicos abandonaram seus postos e emigraram da ilha comunista.

    Dados oficiais de 2022, publicados pela Oficina Nacional de Estatísticas e Informação (ONEI) de Cuba, apontaram para uma redução drástica no número de médicos que atuavam no país comunista: de 312.406 em 2021 para 281.098 em 2022.

    As falhas nas políticas econômicas do regime cubano e a priorização de
    setores como o turismo em detrimento da saúde também colaboraram para o cenário
    de escassez na área, principalmente no setor dos medicamentos.

    Atualmente, a escassez atinge cerca de 40% do quadro básico de medicamentos em Cuba, o que força pacientes a recorrerem ao mercado informal, onde muitos produtos são vendidos a preços exorbitantes.

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