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    Instituto de Mentoria converte lucros em um esforço contra a fome no DF

    O Instituto Contracultura, um grupo de mentoria para empresas e carreiras, converte o dinheiro pago por mentorias em alimento para pessoas em situação de vulnerabilidade através do projeto Mesa Brasil do Sesc (Serviço Social do Comércio). Segundo revela Francisco Nilson Moreira, diretor executivo e sócio do instituto, a parceria existe desde o fim do ano passado, e é um grande esforço para atenuar a fome no Distrito Federal.

    O Mesa Brasil do Sesc é, segundo o próprio órgão, “uma rede nacional de Bancos de Alimentos que atua contra a fome e o desperdício” e, atualmente, é o maior banco de alimentos da América Latina. Em linhas gerais é formada por mais de 3.000 parceiros, entre produtores rurais, atacadistas e varejistas, centrais de distribuição e abastecimento e indústrias de alimentos, além de empresas de diversos ramos de atividade que doam seus excedentes de produção, alimentos fora dos padrões de comercialização, mas em condições seguras, próprios para o consumo. Serviços financeiros, recursos de logística e ação voluntária também agregam o programa, como seria o caso da colaboração do Instituto Contracultura.

    Segundo conta Francisco, a área de atuação do Instituto é voltada principalmente para a mentoria de empresas e pessoas, visando alcançar um próximo passo em um ambiente de empreendedorismo que pode, em determinado momento, estagnar. “Eles vão crescendo e começam a enfrentar algumas dificuldades em que a grande maioria fica estagnada. O cara começa a vender, mas tem que parar de vender para entregar, ou não vende bem, ou a galera não conhece ele, etc. A gente ajuda a destravar o crescimento de pequenos e médios empresários”, afirma. Segundo diz, esse seria um dos programas, o sociedades.csv (caminho sem volta), tendo outros com focos especificamente em carreira ou imersões temáticas.

    Foi nesse meio, voltado à promoção do empresário e da carreira individual que Francisco e seus sócios decidiram, ao final do ano passado, focar num problema muito presente no DF, a fome. Segundo uma pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisas em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), feita entre novembro de 2021 e abril de 2022, apenas 38,5% do Distrito Federal se encontra em situação de segurança alimentar. Entre os outros 61,5%, 29,3% estão em situação de insegurança leve, 19,1% em insegurança moderada e 13,1% em situação de insegurança grave. Frente a isso, o Instituto sugeriu trocar mentoria por comida.

    “Quando eu abri o instituto, a gente começou uma campanha no final do ano passado em que a gente tava trocando mentoria por cesta básica. E deu muito certo, foi muito legal, a gente doou no começo deste ano meia tonelada de alimentos só fazendo mentoria, uma coisa que começou de forma super despretensiosa. E essa meia tonelada de alimento virou litros e litros de leite”, afirma Francisco. Segundo diz, o Instituto acabou chegando à Mesa Brasil  pelo seu contato pregresso, quando era diretor do R2, empresa com eventos que promovem a doação de alimentos.

    Com a iniciativa, o grupo estabeleceu um sonho. “A gente entrou na seguinte pergunta: ‘E se todos os negócios do DF contribuíssem de alguma forma para arrecadar alimento? Será que a gente conseguiria tirar o DF do mapa da fome, será que a gente conseguiria acabar com a fome no DF?’”, indaga o empresário. Segundo Francisco, para ter acesso às mentorias, e converter o valor pago em alimento para os mais necessitados, basta entrar em contato com o Instituto pelo Instagram, Linkedin ou Email, e combinar um horário. “A gente quer que a nossa cidade seja ainda melhor e quem sabe um dia isso vire um padrão, que todos os negócios contribuam para acabar com a fome no DF. Acho que o DF vai ser um pouquinho melhor, sem fome”, finaliza.

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